A assistência à saúde, por suas características próprias, gera riscos para pacientes e profissionais de saúde constantemente. Para evitar que ocorram erros ou acidentes de trabalho, é preciso investir e se apoiar em um dos grandes pilares da área de saúde: a segurança.
Há alguns anos, vem crescendo a ideia de cultura de segurança em saúde, que diz respeito aos ambientes de trabalho nos quais os gestores inspiram os funcionários a modificar seu comportamento e adotar posturas seguras para si e para os pacientes.
Neste post listamos algumas das principais práticas de segurança em laboratórios de análises clínicas. Confira!
1. Criação de Protocolos Operacionais Padrão (POPs)
O POP é um instrumento escrito que detalha todas as ações necessárias para realizar uma determinada atividade. Na área de saúde, eles são utilizados para guiar as técnicas realizadas.
Eles são importantes, pois possibilitam a padronização do cuidado, garantem que todos os profissionais de saúde realizarão a mesma técnica da mesma forma. Os protocolos devem ser escritos de forma clara e concisa, baseados em evidências científicas e validados pela instituição.
Em um laboratório de análises clínicas, é preciso ter POPs para: coleta de exames, utilização de equipamentos, procedimentos técnicos, cuidados de biossegurança e ações a serem tomadas em caso de acidentes.
2. Uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI)
Os EPIs são utilizados pelos profissionais de saúde para reduzir o risco de contaminação com material biológico. Esses equipamentos são de extrema importância nos laboratórios de análise clínica, onde há contato constante com sangue e outras secreções corporais.
O seu uso correto pelos técnicos de laboratório e outros profissionais garante a proteção contra diversas doenças infecciosas (Hepatite B e C, HIV).
Em um laboratório de análises clínicas, os EPIs protegem contra respingos de materiais biológicos, gases e substâncias tóxicas e contato com materiais infectantes. Eles são:
- jaleco de mangas longas;
- máscara;
- óculos;
- luvas.
3. Descarte apropriado de materiais
A assistência à saúde gera grandes quantidades de resíduos: lixo comum, sangue e fluidos corporais, materiais contaminados como seringas e agulhas. O descarte inadequado desses resíduos gera riscos para os trabalhadores e compromete os recursos naturais.
Os resíduos devem ser descartados de acordo com a sua classe (A, B, C, D ou E). Para isso, é importante que todos as lixeiras e sacos utilizados sejam claramente identificados por cores e imagens. Outros pontos importantes do descarte são:
- se houver transporte manual, o recipiente com os resíduos são deve encostar em nenhuma parte do corpo do profissional;
- todo resíduo perfurocortante deve ser descartado em um recipiente rígido e próprio;
- a equipe de limpeza deve ser treinada sobre o descarte apropriado.
4. Educação continuada
As práticas de segurança devem ser passadas para os profissionais do laboratório de análises clínicas por treinamentos periódicos, seguindo o conceito da educação continuada.
Isso é necessário para manter os profissionais atualizados sobre as normas de segurança vigentes, além de aumentar a qualidade do serviço prestado e o sentimento de valorização para os próprios funcionários.
É importante lembrar que o treinamento em segurança deve ser feito por todos os profissionais do laboratório que realizam atividades de risco (profissionais de coleta de exames e da limpeza e que processam o sangue).
A segurança em laboratórios de análises clínicas depende principalmente da sensibilização dos profissionais e gestores, para entender a sua importância na prevenção de acidentes para pacientes e funcionários.
Você gostou dessas dicas sobre segurança em laboratórios? Então leia este texto sobre gestão da qualidade em laboratórios!